quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

4 DICAS PARA NÃO PERDER AMIGOS VERDADEIROS

E Um Filme Pra Ilustrar

Por: William Fernandes


Foi baseado em amigos que trago atrelados a mim de tempos que remetem pré-adolescência e outros há algumas décadas – todos participando ativamente em minha vida: se intrometendo, vasculhando, mudando os cursos e dando palpite/sentido – decidi compartilhar essas dicas, pois funcionam muito bem com a gente:

1 – SEJA LEAL:




É essa a razão de termos amigos: Só você pode falar e criticar seu amigo pra ele mesmo. Seja intolerante com a maledicência, mesmo quando verdadeira.  Cale a boca do outro  e a sua sobre o assunto.  Diga: “Olha, fulano é um grande amigo meu e preferiria não falar dele quando ele não está presente”.
Erro: Achar que dar trela a conversa fiada é uma forma de defender o amigo.



2 – ACEITE A BUSCA POR AFINIDADES:

 Não caia na armadilha da insegurança imatura: “Não preciso ser como ele .... quer mudar quem eu sou?” Ser amigo é receber e doar. É transformar um ao outro, é a semiótica dos desejos.   O que causa a união de amigos saudáveis são as identificações e decifração de seus códigos e símbolos comuns;  então é natural que um espere do outro uma semelhança de opinião e de pensar. No final das contas,  não foram exatamente as  afinidades que fizeram surgir a amizade em primeiro lugar?
Erro: Transformar críticas sobre suas escolhas  uma ofensiva contra a sua pessoa. Você nunca deixará de ser você. Só ficou inseguro. Não culpe o amigo. Agradeça-o.



3 – O TEMPO PASSA. ESTEJA PRESENTE: A mazela que diz que a amizade verdadeira dura para sempre não inclui as condições: tempo X distância, morte,  facebook não conta e sair em fotos de amigos ao longo dos anos também não torna ninguém amigo de ninguém. À distância + tempo  o que dura são as lembranças e o carinho. Amizade é vivencial. Só existe para quem experimenta. Nada impede que amizades ressurjam depois de longos períodos de inexistência, mas isso é outra história. Isso mesmo: outra história... começa outra vez, pois o tempo nos transforma.  Não precisa se preocupar em nutrir a amizade, não é isso,  pois ser amigo já é o ato natural de zelar por alguém, perguntar, contar oferecer apoio e ser apoiado.
ERRO: Achar que amizade é um perfil virtual que você nutre com postagens.


4 – SINTA ORGULHO DO SEU AMIGO:

Melhor não se levar muito a sério achando que você é uma grande pessoa: sincera, franca, alegre, detesta mentira e o maior defeito é ser boa demais. Guarde o sentimento de admiração para o amigo. Certamente você não escolheria um desvalido para ser seu leal companheiro.  Porque de repente sente que deve despreza-lo? Quando bater a crise, a confusão, o mal entendido e a vontade de acabar com a amizade, lembre-as  desse sentimento de orgulho que tem por ele e verá que vale a pena dar energia para solucionar e manter a amizade.
ERRO: Conseguir achar motivo para descartar um grande amigo.



Um Filme Pra Ilustrar

A Viagem à Itália (Trip to Italy)




         Não faço ideia com que nome foi lançado no Brasil, mas não ficaria surpreso se tiver sido  algo como : “Uma viagem muito louca” ou “Dois Aloprados na tália”. Mas não é.

         O Filme vai na contra mão do que a indústria internacional , em especial a Estadunidense , vem produzindo sobre amizade entre homens: Até que se portam bem com as mulheres, mas quando estão entre eles se tornam apenas adolescentes com mais de 30 anos, com humor escatológico cujo  os únicos assuntos são suas genitálias, super-heróis, videogames e  o que irão ingerir a seguir.  Isso não representa homens de forma geral nem em particular.

         Esses dois amigos interpretados por   Steve Coogan e Rob Brydon  são seres  que conversam. Na primeira versão de 2010 (The Trip) com o mesmo elenco, os personagens falavam sobre filosofia, Woody Allen e ABBA. Na nova versão, mudaram os cenários, mas a essência é a mesma.

           Bom gosto, maturidade, diálogos deliciosos e belas imagens.

Trip to Italy (2014)
Director: Michael Winterbottom

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